Na cozinha estreita, era impossível aproveitar os dois lados com armários sem comprometer a circulação. O jeito foi recorrer a módulos e prateleiras suspensos, ainda assim com profundidade reduzida. A criatividade ficou por conta do cabideiro, cujos pinos servem de apoio para a corda suspender a prateleira.

O pilar, que poderia botar a perder o projeto de integração dos espaços, virou uma solução decorativa e funcional com ajuda da marcenaria. Pintado de verde, tornou-se um elemento decorativo, agora percorrido por prateleiras que servem de apoio para a cozinha, salas de jantar e de estar.

A quitinete cresceu com a ajuda da marcenaria. O pé-direito convencional não foi empecilho para se criar um mezanino, que acomoda o dormitório. Desta forma, a área social ficou mais ampla e o espaço de dormir ganhou privacidade graças ao ripado de madeira.

Pé-direito duplo tende a deixar o ambiente amplo, mas também mais frio, pouco acolhedor. Para ocupar o paredão branco, o escritório a:m studio de arquitetura desenhou uma estante de madeira com acabamento preto, que, além de funcional, “aqueceu” a decoração.

O ripado de madeira que começa na parede e corre para o teto tem mais do que uma função decorativa. Ele ajuda a delimitar uma área dentro do quarto, o espaço de trabalho. Prático, também serve para servir de suporte para prateleiras e tornar o teto útil.

Enquanto os apartamentos antigos tinham espaço de sobra para abrigar roupeiros nos corredores de acesso aos quartos, nos dias de hoje, os mesmos estão tão estreitos e pequenos que parecem inúteis. Mas tem sempre um jeitinho. Que tal encomendar ao marceneiro uma prateleira estreita, que, além de objetos decorativos pode até acomodar quadros apoiados, criando um corredor de arte. Repare que a prateleira tem uma borda para evitar que as peças escorreguem e caiam.

Até mesmo uma varanda pequena pode acomodar uma coleção de orquídeas. A paisagista Paula Galbi recorreu a uma estrutura suspensa de madeira cumaru presa ao teto, que suporta os vasos de orquídea sem comprometer em nada a área da varanda.

Qual criança não amaria uma escrivaninha em forma de casinha? E o melhor é que o modelo de pinus não ocupa mais espaço por isso, graças ao design limpo do conjunto. Uma caixa para brinquedos arremata o projeto, assinado pelas designers de interiores do Studio AR Design.

Mais lúdico impossível. Bem ocupado e com uma marcenaria esperta, o quarto da menina ganhou uma estrutura de madeira, formando uma espécie de mezanino. Na parte superior, acessada por uma escadinha, está uma área de brincar. Sob ela, um local reservado à leitura, aos desenhos, que mais parece um esconderijo secreto.

Lugar para guardar os sapatos costuma ser uma questão em muitos quartos. Neste projeto, os arquitetos do a:m studio ocuparam a área abaixo da janela com um baú de MDF laqueado. Nele, são guardados os sapatos e o mesmo ainda faz a vez de banco.

Pequeno e estreito, o quarto precisava muito de armários. Para não ter que abrir mão dos criados-mudos, a marcenaria absorveu as luminárias nas laterais da cama e os objetos decorativos e as fotografias podem ser acomodados numa prateleira posicionada acima da cabeceira.

Na sala, o sofá foi encaixado na marcenaria, em um vão da estante, planejado para este fim. Pintado em um azul profundo, o móvel parece emoldurar a sala, trazendo sensação de aconchego.

Portas de correr são ótimas aliadas para integrar ambientes e otimizar espaços por correrem paralelas à parede. A grande sacada deste projeto é o reaproveitamento de uma porta antiga, que foi adaptada para este sistema de abertura.

Nada mais impactante do que chegar em uma residência e se deparar com um hall de entrada caprichado e prático. Aqui, a marcenaria reservou um espaço para os visitantes deixarem os sapatos antes de entrarem e outro para serem pendurados casacos e bolsas, dando um fim útil e belo ao ambiente.

A cozinha ganhou uma aparência rústica graças ao acabamento empregado nos armários. Nada de laqueação ou qualquer laminado. Uma pintura simples, capaz de trazer sensação de conforto, como se aquele ambiente já existisse há muito tempo.

Toda a parede da sala de jantar foi coberta por almofadas de madeira, delimitando o ambiente e trazendo sofisticação. Para quebrar a sobriedade e dar o toque de contemporaneidade, entrou a cor: forte, marcante. Dois tons de azul, que, por serem escuros, “aquecem” o ambiente.

Mais um caso de pilar que apareceu para atrapalhar a vida, mas acabou se tornando a solução. Em torno da estrutura de concreto, o arquiteto Lucas Kanyó, instalou nichos de MDF laqueados de preto, de tamanhos variados para dar a sensação de movimento.

Feitos em marcenaria, os armários desta cozinha puderam receber cavas no lugar de puxadores, sendo abertos apenas com encaixe dos dedos. Este tipo de recurso estético tem se tornado comum nos projetos atuais.

As arquitetas Andrea Mourão e Simone Marques utilizaram a marcenaria para dividir a sala e criar um home office, erguendo uma estante de freijó. A marcenaria sob medida também permitiu a criação de um banco que corre ao lado da parede e invade os dois ambientes, oferecendo mais opções de assento.

Nesta sala, o arquiteto Nelson Kabarite optou por revestir as paredes com boiserie de madeira pintada de preto, cor que ajudou a destacar o mobiliário. O recurso de marcenaria também camuflou a porta de entrada.

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